Porque eu faço Serigrafias
Há algum tempo os papéis começaram a chamar minha atenção e, voltada para a impermanência das coisas, elaborei um projeto artístico com desenhos-pinturas feitos em superfícies recicláveis e inusitadas. Posteriormente, conheci a técnica da serigrafia. No caso das serigrafias posso mostrar a observação de um mesmo tema sob diversas situações, podendo criar séries mais ou menos temáticas como as que aqui apresento.
A série “As curvas do Rio”- , por exemplo, remetem ao imaginário das curvas das montanhas e dos corpos das mulheres nas praias do Rio de Janeiro, esculpidos pelo sol e pelo mar. Também podem ser vistos trabalhos abstratos onde “viajo” na imaginação e crio formas interessantes que me lembram locais como a Pedra da Gávea que está ao meu lado e quase sobre mim, sobre meu ateliê, com sua energia perpassando meus trabalhos. Ou, simplesmente… composições … colagens… brotações da alma…
Minhas mãos inquietas não aceitam bem a repetição e, as serigrafias acabam, muitas vezes, tornando-se Monotipias. Acho “sem graça” repetir muitas vezes a mesma imagem. Então interfiro nas imagens através de colagens ou criando maneiras novas de aplicação da tinta serigráfica.
Papéis são versáteis. A obra, qualquer que seja seu tamanho, pode se adequar ao espaço onde será colocada. A margem em torno dela (passe-partout), que pode ser branca ou colorida é que vai determinar o tamanho final.